Os pirralhos

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sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

parto humanizado / parto natural

um dos meus sonhos desde o nascimento da Daniela era ter um parto natural. Natural no sentido mais naturalista do termo: seria em casa, no conforto, com o ambiente adequado, com o meu marido, sem qualquer manipulação hospitalar... Mas isto sempre foi nos meus sonhos, porque, na realidade, nunca teria a coragem necessária para dar esse passo. Tenho receio que algo corra mal, ou que ponha em perigo a saúde da criança.
Como tal contento-me com um parto natural em ambiente hospitalar... ou seja, sentiria as contracções em casa, e, quando elas se tornassem próximas, partiria para o Hospital.
Nunca tive essa possibilidade, porque ambos os partos anteriores foram induzidos às 41 semanas e meia. E eu admito claramente que, apesar da primeira vez nem concordar muito com a contagem do tempo (pelas minhas contas, quando o parto da Daniela foi induzido, eu estaria de 40 semanas e meia e não as 41 e meia que diziam... e isso pode fazer a TODA a diferença no começar do parto), a verdade é que já estava cansada da barriga e queria conhecer a miúda rapidamente.
Do Duarte, mais uma vez, foi parto induzido, às 41 semanas e meia. O colo do útero era tão, mas tão espesso, que não havia volta a dar-lhe (juntando-se ao facto da minha médica não ser apologista nem dos toques, nem do descolamento de membranas, para começar o trabalho de parto).
Mas, a verdade é que a indução não me agrada. Temos hora marcada, introduzem-nos um catéter de soro, temos de pôr clisteres (apesar de já ser considerado contra-natura), assim como a tricotomia (raspagem dos pêlos púbicos).
E depois vem a ocitocina, que, pelo menos em mim, foi de 50 para cima, sempre a bombar, começando logo com contracções fortíssimas e sem qualquer intervalo, que me fizeram pedir a epidurar bem antes dos 3 dedos de dilatação (que demoram uma eternidade a chegar...) e depois veio a bela da episiotomia, mais uma intervenção muito utilizada, mas, para mim, se calhar desnecessária, se não fosse a pressa dos médicos...

Ao contrário do que possam pensar, não tenho más recordações dos 2 partos. Apesar de tudo, não foram mauzinhos de todo e a recuperação foi ótima.

Desta gravidez, desejava mesmo ter um início de trabalho de parto natural, de ir para o hospital com contracções ritmadas e com dilatação...
Se a Mónica não mudar de posição no útero - facto que desejo ardentemente, e que penso que vai acontecer - teremos de partir para a cesariana, que é, na realidade, o que menos desejo. Antes uma indução hospitalar...

É que, sendo esta talvez (e quase de certeza!)a minha última gravidez, gostava de ter a experiência de um desencadear de parto normal... Não é pedir muito, pois não? LOL

6 comentários:

SCAS disse...

pede de prenda ao pai natal :-D bjs

Cristina disse...

não desesperes:) pode ser que ela ainda vire.
Bjs
Cristina

Carla Santos Alves disse...

calma...ainda vai a tempo!

Bjs

Patrícia disse...

Talvez seja desta que as coisas corram como tanto desejas!

Bjs

Angel disse...

Esperemos que tenhas isso como prenda!

Bjs

Unknown disse...

Admiro a tua coragem em querer ter um desencadear de parto normal com todas as dores associadas... eu só de pensar que a minha mãe, quando foi de mim, este 20 horas com contracções sem anestesia, que na altura não havia nada disso, dá-me logo um arrepio!
Quando foi do Tomás, o parto foi induzido, a pedido meu, senti uma única contracção e foi tão forte que não deixou saudades! Deresto o parto correu às mil maravilhas! Agora, se puder, deverá ser induzido também... gosto de ter tudo preparado e saber que naquele dia o meu filho vai nascer... chegar ao hospital e saber que tenho quarto, médico e demais pessoal à nossa espera já com tudo preparado para qualquer eventualidade!!
Definitivamente não tenho a tua coragem!

Beijinhos