Os pirralhos

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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

pensamento do dia (de ontem) da Daniela

Quando deito os miúdos, depois do beijinho de boa noite, digo-lhes sempre: "a mamã gosta muito de ti".
Não é nada que eles não saibam, mas acho que é importante reforçar este laço de amor.
Depois de lhe dizer isso, como o faço todos o dias, a Daniela, que tem quase 5 anos, disse-me:

"Sabes mamã, na escola, quando estou triste, penso na minha cabeça, quem gosta de mim, e lembro-me sempre de ti e do papá".

E o meu coração encheu-se ...

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Pulando entre a organização e a desorganização

Adoro ter as coisas organizadas, saber onde está tudo, ter tudo arrumado e limpo. Ter a roupa lavada e passada, o cesto da roupa suja vazio, a cozinha limpa, sem tralhas na bancada.
Admito que gosto muito disso.
A verdade é que por mais que goste e tente ter tudo organizado, muitas vezes (quase sempre), não dá!
Já estressei muito. Agora, um pouco menos.
Tento ter tudo organizado, mas, ultimamente, tenho sempre a mesa de jantar, na sala, atravancada de coisas. Ou são roupas passadas a ferro à espera para arrumar nas gavetas e nos roupeiros, ou são coisas que esperam ser colocadas nos seus respectivos lugares.
Na bancada da cozinha há coisas que esperam também ser arrumadas.
Saio de casa às 6h25 da manhã e chego às 6 da tarde. Entre conversar com os miúdos, preparar o jantar e regar a horta, já são horas de jantar. cá em casa jantamos às 19h30. Depois de jantar, os miúdos vêem um pouco de TV, enquanto lavo a loiça. Depois, prepará-los para se deitarem: pijamas, xixi, lavar os dentes e história e bejinhos de boa noite. E lá voltamos nós para a cozinha, para acabar de a arrumar (mais ou menos), preparar o meu almoço e lanche (levo comida de casa), preparar os lanches da escolinha, preparar as roupas (minha e dos miúdos para o dia seguinte), ver as malas da escolas e recados, preparar a minha mala... Preparar a mesa para o pequeno-almoço. Tudo isto para as coisas fluirem mais facilmente de manhã.
Depois... Não tenho pachorra para mais nada, muito sinceramente.
Por isso, sinto-me mesmo a pular entre a organização e a desorganização. Se gosto? Não! Mas, neste momento, só dá mesmo para isso.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Código de Honra das Mães

Quando nasce o nosso filho, e nos tornamos mãe, assumimos um código de honra que une todas as mães do mundo.
Nesse código que assinamos de coração, está lá bem discriminado tudo o que faremos e sacrificaremos em nome dos nosso filhos.
Esse código não escrito, está sempre presente nos nossos pensamentos, no nosso coração. Todas as decisões de vida que tomamos, que influenciam directa ou indirectamente os nossos filhos partem desse código.
Na verdade, ninguém nos informa das premissas desse código. Ninguém nos diz quais ou quantos são o número de artigos lá contidos.
Toda a gente sabe, que, quando nasce um filho, a vida se modifica completamente. Mas, na realidade, só quem passa por isso entende claramente todas essas modificações. E, muda mais a vida de uma mãe do que de um pai. Não querendo discriminar, a verdade é mesmo essa.
As premissas básicas que conhecemos no momento em que percebemos que temos um bebé na barriga concentram-se apenas nos pais como cuidadores e eduadores. Assumimos que cuidaremos de um bebé, satisfaremos todas as suas necessidades básicas: comer, dormir, cuidar da higiene, cuidar da sua saúde, dar mimos. E cuidaremos para lhe podermos dar uma boa educação, e poder dar-lhe todas as condições para ter uma vida adulta feliz e saudável.
Mas, a verdade é que, no momento em que a criança nasce, percebemos que o contrato que estabelecemos com ela vai muito mais além. Exige-nos muito mais, e é muito mais desgastante do que pensamos.
Os artigos desse contrato são muito mais, e muito mais difíceis.
Ninguem nos disse que que iriamos sofer tanto com uma simples cólica. Niguém nos disse que um arranhão nos joelhos da nossa criança nos ia doer tanto também.
Ou melhor, disseram, mas nós é que não percebíamos a magnitude e o alcance dessas afirmações.


Ontem, senti-me ferida no meu orgulho de mãe. E sinto que não cumpri os pontos desse artigo. E não vale a pena dizer que não sou culpada, porque, no meu coração, a culpa está lá presente. é engraçado.
Ontem, a educadora da Daniela ofereceu-lhe uma mochila. Até aí tudo bem. Não há mal nenhum. O problema (para mim) está inerente nas suas boas acções. A Educadora da Daniela pensou que ela era uma criança com poucas posses e, por isso, ofereceu-lhe uma mochila.
A Dani está no pré-escolar, entrou na escola nova há 1 semana. Esta é a 2.ª semana. O meu marido é que cuida e leva os miúdos à escola. Eu saio muito cedo de casa. Na escola, como é habitual, pediram um saco tipo piscina, para ficar lá, com uma muda de roupa. Na reunião, o meu marido percebeu que não era necessário levar mochila no dia a dia, e que a bata a escola encomendava e nós compravamos. A Daniela teve uma semana na escola sem levar mochila e sem bata, porque estavamos à espera da nova. Pois... o meu marido percebeu mal. E a educadora também... Pensava que a Daniela não tinha mochila e bata (que se compra numa loja perto da escola!!!!) porque era de uma familia carenciada e sem posses!
PORRA!!!
Na 6.ª feira, vieram as cadernetas do aluno e claro que eu pensei... se há caderneta para ir e vir, tem de haver mala, pelo que, ontem, lá foram os meus meninos, com mochila. E, lá estava a educadora com uma mochila para a Daniela, que tinha comprado no fim de semana. E pedira também a uma mãe sua conhecida uma bata emprestada, do seu filho que tinha entrado para a primária.
Todos os dias, eu telefono ao meu marido a perguntar como correu a ida para a escola, se foram bem, se levaram o lanche, como ficaram na sala.
E, não vai de modas, o meu marido conta-me o que aconteceu.
Até me vieram as lágrimas aos olhos... Pensarem que os meus filhos eram carenciados porque não levavam mochila e bata.
Senti-me ferida no meu orgulho de mãe. Eu sei que a educadora teve a melhor das intenções, mas, a verdade é que me senti triste, má mãe, e completamente desolada. E o mais engraçado é que o meu marido não acha nada demais. Diz que não percebeu as rotinas da mochila e a forma de aquisição da bata, e que não é nada demais. E que foi só um mal entendido.
Mas é ofensivo para mim, que sei que cuido bem dos meus filhos, e que sinto que, de alguma forma, directa ou indirectamente, falhei nesse código de honra das mães!
Mesmo que seja por culpa do meu marido!!!
Homens!

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

As mulheres são supermulheres?!

Não sei...
às vezes penso se sou só eu...
Parece que o tempo não me rende... A verdade é essa!

Mudámos de casa há 9 meses. Fomos para uma casa fantástica, com espaço exterior, a 70km de Lisboa. A casa é bem maior, já mais adequada a 3 crianças. Têm espaço para correr, andar de bicicleta, etc.
É mesmo a casa dos nossos sonhos...
Eu consegui ter uma horta, e árvores que plantamos. É óptimo precisar de qualquer coisa e ir à horta buscar. Temos também muitos vegetais congelados, também da nossa hortinha.

Mas, sinceramente, muitas vezes não dou conta do recado.
Saio de casa às 6h30 da manhã e chego às 6 da tarde. O meu marido, que trabalha a partir de casa, acorda os miudos e prepara-os para a escola. Leva-os e vai buscá-los também.

A Mónica entrou para a escola no início de Setembro. Pensei que ia ser complicada a adaptação, muito sinceramente. Ela só esteve 4 meses num infantário, dos 6 aos 10 meses. Quando nos mudámos, não havia vaga na escolinha. Ficou 8 meses em casa com o meu marido. Foi dose para ele, coitado, trabalhar e cuidar de uma bebé ao mesmo tempo.
Felizmente, correu tudo bem. Ainda não mordeu, bateu ou arranhou ninguém, que eu saiba.
O Duarte e a Daniela entraram para o pré-escolar público. A adaptação também está a correr muito bem. O espaço é novo, tem condições, e as educadoras parecem ser dedicadas e atenciosas com os miúdos.

Eu decidi, ao fim de anos e anos a adiar, tirar a carta de condução. A mudança de casa, e um acidente de bicicleta que o meu marido teve há 3 meses, deram-me o empurrão que precisava. Ficámos 1 semana sem carro. ele não estava em condições de conduzir, e eu, sem carta de condução. Se não fosse a boa vontade de outras pessoas... enfim.

Estou cansada. Os miúdos vêm cansados da escola. Eu venho cansada do trabalho. Tenho sempre montes de coisas para fazer em casa. Imensas "to do lists" e pouco tempo para ir riscando itens delas... Algumas (muitas!) coisas ficam sempre por fazer.

Estou numa fase em que me apetecia deixar de trabalhar e ficar em casa, cuidar da casa e dos miúdos. Haverá mais gente assim?...