Os pirralhos

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terça-feira, 27 de setembro de 2011

Código de Honra das Mães

Quando nasce o nosso filho, e nos tornamos mãe, assumimos um código de honra que une todas as mães do mundo.
Nesse código que assinamos de coração, está lá bem discriminado tudo o que faremos e sacrificaremos em nome dos nosso filhos.
Esse código não escrito, está sempre presente nos nossos pensamentos, no nosso coração. Todas as decisões de vida que tomamos, que influenciam directa ou indirectamente os nossos filhos partem desse código.
Na verdade, ninguém nos informa das premissas desse código. Ninguém nos diz quais ou quantos são o número de artigos lá contidos.
Toda a gente sabe, que, quando nasce um filho, a vida se modifica completamente. Mas, na realidade, só quem passa por isso entende claramente todas essas modificações. E, muda mais a vida de uma mãe do que de um pai. Não querendo discriminar, a verdade é mesmo essa.
As premissas básicas que conhecemos no momento em que percebemos que temos um bebé na barriga concentram-se apenas nos pais como cuidadores e eduadores. Assumimos que cuidaremos de um bebé, satisfaremos todas as suas necessidades básicas: comer, dormir, cuidar da higiene, cuidar da sua saúde, dar mimos. E cuidaremos para lhe podermos dar uma boa educação, e poder dar-lhe todas as condições para ter uma vida adulta feliz e saudável.
Mas, a verdade é que, no momento em que a criança nasce, percebemos que o contrato que estabelecemos com ela vai muito mais além. Exige-nos muito mais, e é muito mais desgastante do que pensamos.
Os artigos desse contrato são muito mais, e muito mais difíceis.
Ninguem nos disse que que iriamos sofer tanto com uma simples cólica. Niguém nos disse que um arranhão nos joelhos da nossa criança nos ia doer tanto também.
Ou melhor, disseram, mas nós é que não percebíamos a magnitude e o alcance dessas afirmações.


Ontem, senti-me ferida no meu orgulho de mãe. E sinto que não cumpri os pontos desse artigo. E não vale a pena dizer que não sou culpada, porque, no meu coração, a culpa está lá presente. é engraçado.
Ontem, a educadora da Daniela ofereceu-lhe uma mochila. Até aí tudo bem. Não há mal nenhum. O problema (para mim) está inerente nas suas boas acções. A Educadora da Daniela pensou que ela era uma criança com poucas posses e, por isso, ofereceu-lhe uma mochila.
A Dani está no pré-escolar, entrou na escola nova há 1 semana. Esta é a 2.ª semana. O meu marido é que cuida e leva os miúdos à escola. Eu saio muito cedo de casa. Na escola, como é habitual, pediram um saco tipo piscina, para ficar lá, com uma muda de roupa. Na reunião, o meu marido percebeu que não era necessário levar mochila no dia a dia, e que a bata a escola encomendava e nós compravamos. A Daniela teve uma semana na escola sem levar mochila e sem bata, porque estavamos à espera da nova. Pois... o meu marido percebeu mal. E a educadora também... Pensava que a Daniela não tinha mochila e bata (que se compra numa loja perto da escola!!!!) porque era de uma familia carenciada e sem posses!
PORRA!!!
Na 6.ª feira, vieram as cadernetas do aluno e claro que eu pensei... se há caderneta para ir e vir, tem de haver mala, pelo que, ontem, lá foram os meus meninos, com mochila. E, lá estava a educadora com uma mochila para a Daniela, que tinha comprado no fim de semana. E pedira também a uma mãe sua conhecida uma bata emprestada, do seu filho que tinha entrado para a primária.
Todos os dias, eu telefono ao meu marido a perguntar como correu a ida para a escola, se foram bem, se levaram o lanche, como ficaram na sala.
E, não vai de modas, o meu marido conta-me o que aconteceu.
Até me vieram as lágrimas aos olhos... Pensarem que os meus filhos eram carenciados porque não levavam mochila e bata.
Senti-me ferida no meu orgulho de mãe. Eu sei que a educadora teve a melhor das intenções, mas, a verdade é que me senti triste, má mãe, e completamente desolada. E o mais engraçado é que o meu marido não acha nada demais. Diz que não percebeu as rotinas da mochila e a forma de aquisição da bata, e que não é nada demais. E que foi só um mal entendido.
Mas é ofensivo para mim, que sei que cuido bem dos meus filhos, e que sinto que, de alguma forma, directa ou indirectamente, falhei nesse código de honra das mães!
Mesmo que seja por culpa do meu marido!!!
Homens!

2 comentários:

Vânia e Mariana disse...

Acredito que te feriu, mas a educadora não foi por mal...e o teu marido também não...Acho que deves comprar o que falta, explicar a situação a educadora...e não pensar mais nisso, a longo do tempo a educadora vai perceber ique foi mesmo um mal entendido, com toda a certeza.

Beijinhos,

Lil disse...

nao leves a mal mas sim a bem, pelo menos a educadora preocupa-se com os meninos que tem :) agora "mandas" o teu marido devolver as ofertas e dizer que percebeu tudo ao contrario poruqe estava a pensar no jogo de futebol