Ontem

a irmã de uma amiga foi fazer a ecografia do primeiro trimestre. Ela estava do mesmo tempo de gravidez que eu. Quando fez a ECO, o técnico viu que o feto tinha morrido. É o 4.º aborto espontaneo.
E pior, depois de ter feito um estudo sanguíneo, descobriu que ela tem anticorpos negativos, por causa do seu sangue ser RH- e que os abortos são causados por ela não ter levado uma injecção no parto da sua filha! "Esqueceram-se de o fazer", na Maternidade Alfredo da Costa!
Isto não é normal! Não é normal!
Mais, descobriu que o feto não tinha braços nem pés... Porra!

Fiquei extremamente triste, por ela e por mim, também... Porque sei o que passei com o aborto espontaneo que tive, na minha primeira gravidez, antes da Daniela e do Duarte, e por ter medo que me aconteça o mesmo, para a semana, quando fizer a ECO. E não deixo de me sentir algo culpada, por, no início desta gravidez, ter pensado que a melhor solução seria fazer uma interrupção voluntária da gravidez (ideia que pus logo de lado, porque para mim não é mesmo solução), ou que a gravidez não evoluísse!
Claro está que esse pensamento durou poucas horas, e foi motivado pelo choque de ter "descoberto" a gravidez assim de choque!
Mas a verdade é que desejo esta criança, como desejei a Daniela e o Duarte, e "tenho medo de ser castigada" pelos pensamentos negativos que tive!

É parvoíce, eu sei! Eu própria tenho essa percepção, mas não deixo de ter algum receio! Estes medos parvos só passam quando começo a sentir os movimentos da criança. Até lá... são paranóias atrás de paranóias!